31.3.09

NY Flexibiliza lei sobre drogas.

Do UOL

NOVA YORK, EUA, 27 Mar 2009 (AFP) - As autoridades de Nova York decidiram nesta sexta-feira flexibilizar a lei local antidrogas instaurada nos anos 70, e substitui-la por outra que prioriza o tratamento dos usuários em detrimento das penas de prisão.

"A ideia é garantir que os dependentes não violentos tenham o tratamento que precisam, e que os traficantes ganhem o castigo que merecem", resumiu a assessoria do governador de Nova York, David Paterson.

A emenda, submetida a votação na Assembleia do estado, anulará uma lei antidrogas considerada uma das mais rígidas do país, imposta há quatro décadas, quando o consumo de heroína assolava a cidade.

Os juízes de Nova York, que condenavam quase sempre os usuários a penas mínimas de prisão, terão agora a opção de enviá-los a clínicas de desintoxicação. Alguns usuários de drogas que já estão presos poderão se beneficiar de comutações de pena.

Vários parlamentares republicanos locais expressaram sua oposição à nova lei.

Nem sempre comércio ilegal implica guerra

do Jornal do Brasil

Até que ponto a existência de consumo ilegal de drogas pode ser relacionada com a violência?

Essa pergunta foi feita tanto ao deputado federal Fernando Gabeira, um dos políticos mais identificados com a questão da flexibilização das políticas relacionadas às drogas, quanto a Renato Cinco, sociólogo e ativista político, organizador da Marcha da Maconha.

Para Gabeira, que perdeu a prefeitura do Rio por minúscula margem de diferença para Eduardo Paes (PMDB), a questão se esfarela quando observados outros locais onde o consumo de drogas se faz presente:

– Existe consumo de drogas em Curitiba e em Brasília. Existe consumo de drogas em Washington, em Madri e em Nova York. Mas esses processos não são tão violentos porque não houve uma situação de ocupação territorial armada, como acabou sendo permitida tanto no Rio quanto no México. Logo, não é o ao usuário que se pode atribuir a presença da violência, embora ele, no momento em que compra, esteja dando dinheiro ao tráfico.

Para Cinco, a entrada de figuras como os ex-presidentes FHC, Zedillo e Gaviria no lado pró-descriminalização só salienta que resolver a questão do usuário é uma necessidade social.

– O fato de FHC ter-se posicionado dentro de uma comissão, e não apenas numa opinião pessoal, realça o fato de que a descriminalização não é apenas interesse de quem usa, mas da sociedade. É a sociedade quem paga o preço maior do comércio ilegal, por conta de uma lei moralista. É preciso que se entenda que o Código Penal não tem capacidade de impor certos comportamentos.

Para diminuir esse “preço” que a sociedade paga devido ao comércio ilegal, Cinco recorda que há movimentos que motivam os usuários ao plantio da maconha para consumo pessoal.

– O que acontece é que muitas pessoas acabaram presas por tráfico e assim desistiram. Assim, elas voltam a recorrer à oferta do tráfico.

O deputado Gabeira também lembra que, por analogia, o receptador de carros roubados contribui para a violência. E pergunta, com ironia:

– Mas aí, o que se vai fazer? Vai-se convencer cada receptador a não comprar mais carros roubados? É possível?

Tanto Gabeira quanto Cinco apontam a fragilidade do estado em se manter presente nas comunidades carentes, permitindo que elas sejam administradas pelos bandidos. Mas Cinco vai mais além, entendendo que há um disparate classista e histórico em relação ao usuário.

Ele se refere a Difíceis ganhos fáceis, um livro da pesquisadora Vera Malaguti, do Instituto carioca de Criminologia, que analisa sobre 20 anos de tratamento dispensado ao usuário.

– Enquanto os usuários da classe média e da classe rica eram encaminhados a tratamento médicos, os pobres com um baseado eram levados a três anos na Febem. O que se percebe é que existe uma distorção histórica, que persegue as classes mais baixas.

Segundo Cinco, com o foco nessa perseguição, a fiscalização de fronteiras que recebem armas e drogas e a lavagem de dinheiro que financia maciçamente o tráfico acabam sendo perdidas de vista.

– Fernandinho Beira-Mar foi preso, mas era só mais um favelado. Os verdadeiros barões da droga não são incomodados.

Ray Charles


Aí, o filme do Ray Cherlas é muito bom. Uma puta história e interpretação de gala do Jamie Foxx.
Mas uma coisa ficou na minha cabeça mais que tudo... Por que o mano usava relógio??

Legalizar a maconha não ajuda na economia, diz Obama.


WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos EUA, Barack Obama, demonstrou na quinta-feira ser contra a legalização da maconha, ao menos como remédio para recuperar a economia norte-americana.
Ele discutiu a questão abertamente, mas quase em tom de piada, em uma conversa online com cidadãos. Disse que essa foi a ideia favorita das 3,6 milhões de pessoas que votaram em mais de 100 mil perguntas submetidas ao site da Casa Branca.

"Devo dizer que houve uma questão que obteve uma colocação bastante alta, sobre se legalizar a maconha melhoraria a economia e a criação de empregos", disse ele, provocando risos no evento da Casa Branca."E não sei o que isso diz a respeito da audiência online", acrescentou o presidente, com ar zombeteiro.

"Essa foi uma pergunta bastante popular. Queremos ter certeza de que seja respondida."

"A resposta é não, não acho que seja uma boa estratégia para nossa economia crescer", afirmou, antes de passar aos temas mais graves do desemprego e da reforma da saúde pública."Obrigado por esclarecer isso", disse Jared Bernstein, economista-chefe da vice-presidência, que atuou como moderador.Muitos autores de perguntas sugeriram que regulamentar a produção e venda de maconha geraria uma enorme arrecadação fiscal.Posteriormente, jornalistas perguntaram ao porta-voz Robert Gibbs se Obama, que admitiu em sua autobiografia que experimentou drogas na juventude, estava deixando alguma margem de manobra nessa questão.


"O presidente se opõe à legalização da maconha", disse Gibbs a jornalistas, enfatizando sua seriedade. "Ele não acha que esse seja o plano correto para a América."Quanto à posição do novo governo sobre o uso medicinal da maconha, ele pediu que o Departamento de Justiça fosse consultado.Gibbs sugeriu que ativistas pela liberação da maconha tenham mobilizado simpatizantes para mandarem as perguntas relativas ao tema e votarem repetidamente nelas pela Internet.

11 mandamentos de um maconheiro ativista

Retirado do site http://unzinho.com/blog/

1. Saia de casa! – Não adianta ficar jogado na cama, com sua mina, seu bong e uma paranga de 50gr em cima da mesa. Ninguém muda o mundo com essa preguiça. Lembra do Che Guevara? Ele pegava mais mulher que você, fumava mais que você e ainda se dava o luxo de andar todo sujo. Se você fizer o mesmo, e ainda tomar banho suas chances de se tornar um ativista herói aumentam.

2. Discuta! – Tem cara que fuma uns e outros na moral, mas numa roda de amigos ele é capaz de ver a maconha ser malhada e taxada de mil injustiças e não dá um pio. Esses bostas com medinho de discussão deviam morrer engasgados nos seus bongs. Bando de filhos da puta do caralho! Se você quer ser um ativista. CRIE A DISCUSSÃO!

3. Compartilhe ­– A maconha é uma erva sagrada. Muito antes de você ser um espermatozóide. Muito antes do puto do seu avô ser pensamento, a erva já fazia milagres em todos os cantos. Buda, Jesus, Sheeva, Faraós… Teve maconha em tudo quanto é canto. E os grandes sábios a compartilhavam. Para de ser muquirana e chama um brother pra fumar unzinho!

4. Estude – Você não vai convencer ninguém a mudar o mundo falando “Pôbrema”. Muito menos se não souber nada sobre o assunto. Não tem “descurpa fio da puta”, se não pode comprar bons livros então visite bons sites, pesquise no Google, veja links, cadastre-se em fóruns (mas não fique só neles, senão você vira uma medrosinha).

5. Acredite – Acreditar que maconha vai um dia ser legalizada, mesmo com todo o movimento acontecendo, ainda é uma coisa distante. Porém precisamos acreditar, precisamos de união para fazer a coisa acontecer. Muita coisa já mudou. Muitas outras ainda precisam mudar. Thomas Edson, um fumeta de carteirinha, plantava sua maconha e ainda tinha tempo pra ser gênio. Ele acreditava em coisas impossívei, nós também deveríamos acreditar.

6. Bong – O bong é uma peça de arte. Eles só ficam melhores com o tempo. Eles carregam o seu DNAMACONHEIRO, ali tem história. Não tenha vergonha de mostrá-la. Converse sobre ela. Mostre que você não ficou retardado e esquecido.

7. Cuide da sua vida e da dos outros – Discutir legalização é mais do que falar de maconha. É segurança para nós e nossas famílias, é combater desigualdades sociais, é estudar combustíveis alternativos mais baratos e eficientes, é atacar a indústria de papel, é brigar com as indústrias farmacêuticas, é entrar em uma guerra econômica e política… Mas tudo isso para um bem comum. Nossa missão é de paz!

8. Organize-se – Junte os amigos e crie uma confraria da maconha, crie uma ONG de growers, abra uma headshop, escreva um livro, mande uma carta para o presidente, bata panelas, faça comunidades, crie um blog, colabore com um site…

9. Escolha Verde – Boicote quem te boicota. Leia sobre marcas, descubra se elas são contra ou a favor da sua causa. Veja se elas fodem a natureza, descubra se ela financia trabalho escravo. Pergunte sobre a política de carbono. Pense antes de comprar um produto, veja se ele é maconhamente correto. Veja se as empresas que compra acessórios para fumar colaboram ativamente na sua causa. Escolha onde gasta seu dinheiro. Cobre atitude daqueles que lucram e não colaboram. Estamos decidindo para quem vai nosso dinheiro. Pense em gastar com aqueles que pensam como você.

10. Questione – Pensar é um direito divino, expressar-se constitucional. Questione sinceramente se tudo que lê é autêntico. Será que esse texto aqui é real? Será que o que passa no telejornal é verdadeiro? Será realmente verdade o que estão dizendo por ai? - Vivemos uma grande guerra de informação. Governos e empresas fizeram campanha para demonizar a maconha; pesquisas e filmes foram encomendados para esse propósito. Tinha e continua tendo muita grana envolvida. Pergunte-se quem iria perder rios de dinheiro com a legalização da maconha e agora questione se essas pessoas tem algum poder sobre informação. No final dos seus questionamentos a razão começa a surgir e a lógica a fluir.

11. Liberte-se – Pare de seguir conceitos preestabelecidos. Comece a pensar e agir, tenha vontade de mudar o mundo. Transforme tudo que vê e toca em algo melhor. Faça sua história, saia correndo pelado e grite alto pro mundo ouvir. EU SOU LIVRE.