23.2.11

Noites Tropicais - Nelson Motta




Esses dias li um livro do Nelson Motta, Noites Tropicais.
Uma aula de história da música brasileira na segunda metade do século XX.

A bossa nova dividiu a música brasileira em antes e depois? Não sei.
Mas em Noites Tropicais, o cara mostra a importância que o gênero teve no ocidente. A onda de cantar baixinho, sussurrando, violão numa levadinha samba-no-sapatinho-be-bop-a-lu-la bem sincopadinha rompia com a música de corno de então que renasce nos anos 1990, com Raça Negra e outras milongas.

Tim Maia expulso dos EUA depois de rodar fumando um num carro roubado e inventando um samba-soul em meios a big sessions da sala de ar-condicionado dos estúdios "flips".

Elis Regina tomando peiote. Cocaína.

Ácido. Cigarro. Café.

Chico Buarque, ditadura. Fernando Gabeira nas redações e na clandestina.

Bob Marley na boate no morro da urca.

Informação a rodo num livro fácil de encontrar em qualquer saleta que o governo chama de biblioteca.

Vale.

22.2.11

Yiê Mundo dá Volta

Escrever tem sido alvo de uma certa preguiça nos últimos meses. Coisas não necessariamente planejadas, esperadas ou almejadas acontecem e fogem ao controle da continuidade rotineira.

Muita coisa junta. Egito, Dilma, atropelamentos a rodo em Brasília, essa guerra agora na Líbia contra o povo. Isso é sinistro.

A meta agora é conseguir digitar freneticamente como quando escrevo em cursivo. Ideias fluindo, cabeça a mil e texto bom fácil.

Digitar é chato. Pretendo doutrinar meu corpo a responder os comandos cerebrais mais sutilmente no teclado.

É música de tátátá, barulhinho que acaba fazendo parte do ato de produzir, mas não com certeza intelectualmente. Produção é texto. Intelecto acontece.

A parada do Egito mexeu comigo um pouco. Muito louco, os islâmicos inverteram a situação e quem tem olho vê fácil quem é terrorista, na verdadeira acepção dessa palavra.

Deflagram no norte da África revoltas populares.

Em Brasília, 19 horas.