Essa imagemestá no site deles, que é muito rico em informações e textos e pode ser acessado pela barra de links ao lado.
Ao que parece é um centro de haxixe no Nepal.
Style total.

"Um país, uma civilização, pode ser julgada pela forma com que trata seus animais."
Mahatma Gandhi
fora os milhões de galões de óleo utilizados para produzir garrafinhas plásticas de água mineral... Pense bem no mal que você causa ao planeta.
Tirei isso de www.lanho.com.br
GUARDE SUA BITUCA SEU IMPRESTÁVEL!!!
A Surfrider Foundation fez uma ação em que eles coletaram lixo de diversas praias e embalaram como se fossem frutos-do-mar a venda no Supermercado.
George W. Bush
Será que temos futuro??
Oh sim, eu posso ver agora que a dor se foi
Todos os sentimentos ruim desapareceram
Aqui está o arco-íris, que tanto rezei
Será um brilhante, um brilhante dia de sol
Olhe ao redor, não há nada além do céu azul
Olhe bem à frente, não há nada além do céu azul
Eu posso ver claramente agora, a chuva se foi
Posso ver todos os obstáculos no meu caminho
Aqui está o arco-íris, que tanto rezei
Vai ser um brilhante, um brilhante dia de sol
Vai ser um brilhante, um brilhante dia de sol
Verdadeiro...brilhante, brilhante dia de sol
Sim, ei, vai ser um brilhante, um brilhante dia de sol"
Esse post me deixa feliz demais. É realmente uma causa a qual acredito e que tenho pra mim que trará um grande benefício social: a regulamentação do uso e comércio de drogas e afins. Já postei aqui a decisão do TJ de Sampa, que revolucionou o entendimento da justiça sobre o assunto, uma vez que a lei que proíbe o consumo de drogas foi julgada inconstitucional. E é, de fato!
Em outra oportunidade postei uma entrevista da juíza Maria Lúcia Karam, que é autora do livro que embasou a decisão do TJ-SP.
A proibição causa mais danos do que a droga em si!
Na Argentina, ocorreu essa semana uma situação semelhante. O cara foi absolvido por ter pés de maconha em casa, na privacidade de seu lar.
Aí vai a reportagem da BBC:
Para juízes argentinos, plantar maconha na varanda não é crime
Marcia Carmo De Buenos Aires para a BBC Brasil |
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Defesa argumentou que plantação não afetava saúde pública |
Na decisão divulgada nesta terça-feira, os juízes Eduardo Farah e Eduardo Freiler consideraram inconstitucional que o réu (cuja identidade não foi revelada) fosse punido por ter seis vasos com a planta Cannabis sativa para uso pessoal, concordando com o argumento da defesa de que a plantação não atentava contra a "saúde pública".
Farah e Freiler entenderam, segundo a imprensa argentina, que este cultivo não é crime porque o homem não planejava comercializar o produto e atuava no "âmbito de sua privacidade".
Os magistrados se basearam na Constituição argentina para sustentar a defesa de "atos privados" que "não afetam a terceiros".
Apelações
Em uma decisão anterior, outro juiz federal, Sérgio Torres, havia processado o homem e sugerido que ele se submetesse a um tratamento de reabilitação.
Esse processo foi baseado em um artigo do Código Penal argentino que proíbe o cultivo de plantas ou armazenamento de sementes para produzir entorpecentes para consumo pessoal - e que prevê penas de um mês a dois anos de prisão.
O caso ainda pode agora levado a instâncias superiores, como a Câmara de Cassação Penal ou a Suprema Corte de Justiça, ou ser concluído, se não houver novas apelações.
A decisão da Justiça Federal de Buenos Aires ocorre três meses depois que o ministro da Justiça, Aníbal Fernández, defendeu a descriminação do consumo de drogas e a atenção médica aos usuários de substâncias químicas, durante uma reunião extraordinária sobre o consumo de drogas e o narcotráfico organizada pelas Nações Unidas (ONU), em Viena, na Áustria.
Quando Maria Lúcia Karam entrou no curso de direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, ainda existia o Estado da Guanabara e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) era UEG (Universidade Estadual da Guanabara). Ela passou também no vestibular de psicologia e passou um ano fazendo os dois cursos. O ano era 1967, e o movimento estudantil estava em sua fase mais perigosa e mais ativa. Foi o engajamento mais fervoroso entre os estudantes de direito que fez Maria Lúcia optar por estudar a lei. Depois disso, ela pegou gosto. Tem três livros e vários artigos publicados sobre direito penal. A tese desenvolvida em De Crimes, Penas e Fantasias foi a que serviu de base para a argumentação do desembargador paulista que inocentou um portador de cocaína. Na mesma linha de raciocínio será Proibições, Riscos, Danos e Enganos: as drogas tornadas ilícitas, o livro que a juíza aposentada lançará no segundo semestre deste ano. Em entrevista a ÉPOCA, ela diz por que acredita que as drogas devem ser legalizadas.
ÉPOCA - Como a senhora chegou à conclusão de que as drogas ilícitas deveriam ser legalizadas?
Maria Lúcia Karam - Vendo que não há diferença entre consumo de álcool, tabaco, maconha, cocaína. Percebendo que usar uma ou outra é uma opção pessoal. Tem gente que gosta de tabaco e gente que gosta de maconha. E não tem nenhuma diferença, todas essas substâncias provocam alterações no organismo, no comportamento, então esse tratamento diferenciado dado pela lei não se justifica.
ÉPOCA - O mais coerente, então, não seria proibir todas?
Maria Lúcia - Coerente seria, mas seria muito pior. Aí, até café teria que ser proibido.
ÉPOCA - Por que seria pior?
Maria Lúcia - A proibição significa a total ausência de controle. Um dos grandes enganos do discurso proibicionista é pretender que a proibição seja uma forma de controlar a circulação das drogas. Mas ocorre justamente o contrário. Quando o mercado é ilegal, ele é totalmente descontrolado, porque não está submetido a nenhuma regulamentação. Causa maiores danos à própria saúde, que é o pretexto dos proibicionistas para criminalizar essas condutas.
ÉPOCA - Por que a proibição causa mais danos à saúde?
Maria Lúcia - Porque as drogas são substâncias que podem potencialmente causar danos à saúde e não são submetidas a nenhum tipo de controle de qualidade, ao contrário de qualquer outro produto, como, por exemplo, gêneros alimentícios, que são submetidos ao controle da agência de vigilância sanitária. Além disso, a ilegalidade dificulta a busca de assistência quando se faz efetivamente necessária, porque você vai ter que revelar uma conduta que é considerada ilícita. Pessoas que acompanham alguém que teve overdose têm receio de levá-la ao hospital. Dificulta o diálogo com pais, professores, o acesso à informação.
ÉPOCA - A senhora acha que a sociedade está madura para conviver com a legalização?
Maria Lúcia - A proibição dessas drogas que hoje são ilícitas é uma coisa que só surgiu globalmente no século XX. Elas sempre foram usadas e nunca foram proibidas. Então, a humanidade está madura para a legalização desde que ela existe.
ÉPOCA - A senhora não acha que muitas pessoas deixam de usar as drogas justamente por serem ilícitas?
Maria Lúcia - Acredito que isso não faz tanta diferença. Em uma pesquisa feita recentemente nos Estados Unidos em que se perguntava para os não-usuários de heroína e cocaína se eles passariam a consumir essas drogas se fossem legalizadas, 99% dos entrevistados responderam que não.
ÉPOCA - Se o vício for encarado como uma doença, isso, não justificaria o fato de o Estado proibir a droga ou adotar medidas de tratamento compulsório?
Maria Lúcia - Não acho que a droga e o vício sejam doenças. Eventualmente, você vai ter casos de dependência, mas que são, geralmente, uma manifestação de um problema anterior. Não existe dependência só de droga, pode ser dependência do trabalho, de uma pessoa, causada por um desconforto anterior, e é esse desconforto que precisa ser tratado. Cada pessoa usa drogas de formas diferentes. E a mesma pessoa também usa de forma diferente dependendo do momento que ela está vivendo. As pessoas podem beber mais num dia em que estão tristes, ir a um jantar e tomar só um vinho, ou ir a uma festa e beber um pouco mais.
ÉPOCA - Isso não vai aumentar os gastos públicos com saúde?
Maria Lúcia - Isso não deve mudar muito. Houve um exemplo relativamente recente nos Estados Unidos. Quando eles acabaram com a lei seca, em 1932, registrou-se um ligeiro aumento do consumo, mas, com o passar dos anos, ele se estabilizou e voltou aos mesmos índices de antes da proibição. Por outro lado, diminuíram os atendimentos hospitalares relacionados ao uso do álcool. Porque a bebida proibida era de pior qualidade.
ÉPOCA - E a criminalidade, é maior em países com maior tolerância ao consumo, como a Holanda?
Maria Lúcia - Não. A Holanda é um dos países com menor índice de criminalidade do mundo. Em 2004, por exemplo, o índice de homicídios foi de 1,27 por cem habitantes. A média de homicídios na União Européia é 1,4.
ÉPOCA - Um outro tipo de criminalidade, aquela causada, por exemplo, por um viciado em cocaína que rouba para sustentar o vício, não deve aumentar?
Maria Lúcia - Isso acontece mais na ilegalidade. Como a droga é ilícita, é mais difícil de conseguir e é mais cara. E precisa ser comprada escondido. Um adolescente não tem como pedir dinheiro para o pai para comprar cocaína. Num ambiente de legalidade, ele conseguiria dinheiro de uma forma natural, da mesma forma como o pai dá dinheiro para um menino comprar um chope num sábado à noite. A tendência é diminuir a criminalidade não só na venda, mas também do lado do consumo.
ÉPOCA - A senhora tem filhos?
Maria Lúcia - Tive uma filha que morreu aos 15 anos num acidente de carro. Faria 35 este ano. Não tinha ninguém alcoolizado ao volante, não teve nada haver com drogas.
ÉPOCA - A senhora defende que ela deveria poder experimentar cocaína, como qualquer adolescente experimenta hoje álcool?
Maria Lúcia - Certamente. Como muitos colegas dela já experimentaram, por exemplo, maconha.
ÉPOCA - A senhora já provou alguma droga?
Maria Lúcia - Lícita? Tabaco, álcool, cafeína.