21.7.07

Moral (nem era isso)


Nietzsche escreveu sobre o livre-arbítrio. Eu não entendo muito de filosofia, embora tenha o costume de ler alguma coisa. Também não entendo muito de Nietzsche. Só sei que eu li o que ele escreveu sobre o livre-arbítrio e sua relação com a culpa, o sentimento de culpa.
Sem essa conversa de livre-arbítrio a culpa não existiria. Talvez seja difícil para algumas pessoas entender que nessa vida existem coisas que não são certas dentro dos parâmetros babilônicos o qual temos que obedecer todos os minutos da vida. Coisas que não são certas mas também não são erradas. Cheguei num ponto em que já não tenho como me sentir culpado ou pecador por certos "desvios de conduta", seja ela moral, social ou o que for. Também não acho que estou certo ou sou exemplo de qualquer coisa. Não deve ser a intenção de qualquer bipede ser exemplo de alguma coisa.
Aliás, ainda sobre a moral, é triste constatar que nesse país somos educados em escolas que teimam em ensinar aos estudantes coisas que não servem para o dia-a-dia de um cidadão. O sistema transforma a escola em uma instituição de uma educação moral. Muitas são religiosas. Mas nenhuma delas, a não ser as escolas técnicas, ensinam noções básicas de mecânica, hidráulica, noções de direito, cidadania, filosofia, informática, educação sexual, questão das drogas sem falsos moralismos, técnicas básicas de produção rural (plantio, tratamento da terra, colheita), ou idiomas desde a infância.
Mas ensinam religião, educação moral. Passam livros obrigatórios que afastam o aprendiz do costume da leitura, uma vez que ele não é estimulado a ler o que lhe interessa, mas deve ler os que caem no vestibular.
Ou seja, aquilo que deveríamos aprender em casa, e é o que acaba acontecendo, como moral, religião, somos ensinados na escola, que delega aos pais o ensino de noções de direito, mecânica, sexualidade, drogas e outras coisas que deveríamos aprender e debater na escola, com professores preparados.
Essa é uma questão muito controversa. E o asunto está apenas na superfície.
Acabei extrapolando a questão do livre-arbítrio e da culpa. Viajei. Depois eu escrevo sobre isso.

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